terça-feira, 27 de outubro de 2009

Leis da Gestalt

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A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir. São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:

PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.

SEMELHANÇA: Eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.

CONTINUIDADE: Há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção específica.

PREGNÂNCIA:
A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.

EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta se relaciona com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.

CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.

A psicologia da Gestalt também fala da questão da “figura/fundo” que seria a tendência de organizar as percepções do objeto sendo visto e do fundo sobre o qual ele parece. Essa questão pode ser vista da seguinte maneira, figura seria aquilo que nós procuramos ou voltamos a atenção e fundo seria o contexto no qual a figura está inserida, como por exemplo: quando você está com fome e busca um restaurante e o encontra, a figura é o restaurante e o fundo seria a rua. Assim como as páginas para o livro, as letras para o papel


Um exemplo gráfico sobre as leis da Ges
talt:

Lei da Semelhança
A lei da semelhança defende que coisas que possuem algum tipo de semelhança parecem estar agrupadas. O agrupamento pode ocorrer tanto nos estímulos visuais quanto nos auditivos.

Itens que são similares tendem a ser agrupados juntos.
Na imagem acima, a maioria das pessoas vê colunas verticais de círculos e quadros.


Lei da Pregnância

A palavra pregnância provém do termo alemão pragnanz, que tem o significado de “boa forma” ou “boa figura”. A lei da pregnância é referida como lei da boa forma ou a lei da simplicidade. Esta lei defende que objetos no ambiente são vistos de modo que se constituam o mais simples possível.

A realidade é organizada ou reduzida à forma mais simples possível.
Por exemplo, nós vemos a imagem acima preferivel
mente como uma série de círculos, ao invés de uma forma muito mais complexa.


Lei da Proximidade

De acordo com a lei da proximidade, as coisas que estão próximas umas das outras parecem formar um grupo só.

Objetos próximos um do outro tendem a ser agrupados
Os círculos da esquerda parecem estar agrupados em colunas verticais, enquanto os da direita aparentam estar agrupados em fileiras horizontais.


Lei da Continuidade

A lei da continuidade defende que que pontos que estão conectados por linhas retas ou curvas são vistas de modo que sigam o caminho mais suave. Ao invés de ver linhas e ângulos separados, as linhas são vistas como estando agrupados juntos.

As linhas são vistas seguindo o caminho mais suave
Na imagem acima, o ramo superior é visto como continuando o primeiro segmento da linha. Isto nos permite ver as coisas como um fluxo suave, se
m romper a linha de cima em múltiplas partes.


Lei da Clausura
De acordo com a lei da clausura, as coisas são agrupadas juntas se elas parecem completar alguma entidade. Nossa mente freqüentemente ignora informações contraditórias e completam um fechamento na informação.

Objetos agrupados juntos são vistos como um todo.
Nós tendemos a ignorar lacunas e completar linhas de contorno. Na imagem acima não há triângulos ou círculos, mas nossas mentes completam as informações faltantes para criar formas e imagens familiares.



www.psicologado.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Memorial descritivo

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O memorial descritivo deve conter todas as informações do projeto. A definição da necessidade, a pesquisa, as idéias e a bibliografia. Deve ser redigido de forma clara e organizada. Esse descritivo é o principal registro do projeto e é ele, junto com as ilustrações e/ou mockups, que serão colocados a apreciação do cliente.

O conteúdo do memorial descritivo é
constituído de quatro fontes inter-relacionadas ao objeto:
  • Impressões pessoais do Designer;
  • Informações históricas e sobre a evolução do objeto em relação ao mercado;
  • Informações relacionadas à instria e implicações técnicas, materiais, logísticas e ambientais;
  • Informações relacionadas ao impacto do objeto no mercado e a projeção em relação ao faturamento e marketing.
Esse conjunto de fontes não é necessariamente a única forma de relatar todo o processo criativo, uma vez que se dispõe de conteúdo técnico e subjetivo [criação]. Na verdade não há uma regra, é apenas uma sugestão para adquirir dados e organizá-los de forma prática. É um processo pessoal e a forma de relatar e traduzir as informações pode ser desenvolvida através da experiência.

Desenho Técnico
.

Deve transmitir com precisão a forma final d
o objeto. No desenho técnico não pode haver dúvidas quanto ao raciocínio do conceito e, portanto, deve conter todos os detalhes, cortes, indicações, aplicações e medidas de acordo com o projeto. Pode ser feito em uma escala maior ou menor do objeto. Geralmente o conjunto de desenhos são apresentados em pranchas contendo as vistas frontal, lateral, superior e perspectiva explodida.



Rendering

É uma das peças mais importantes da apresentação. A ilustração do objeto é que vai impactar na decisão de fabri
cação. O rendering deve ter um apelo visual forte e sempre deve apresentar o objeto em perspectiva contrastando com uma composição de fundo para dar a sensação de realidade. A perspectiva é utilizada para expressar o volume e detalhes do objeto com melhor entendimento, pois, é uma forma de apresentar a idéia dentro de um aspecto visual que os olhos estão "acostumados" a ver.

O objetivo da ilustração não é ser realista mas expressar o volume e textura do objeto. Não é aconselhável que a ilustração seja menor que o formato A3, no caso da manual, pois o espaço é pequeno para se trabalhar com os materiais.

Pode estar nas configurações paisagem ou retrato.





Mockup/Maquete
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O mockup é uma forma de representação tridimensional do objeto e tem grande apelo visual na apresentação. É uma “cópia” o objeto proposto sem ou com alguma funcionalidade. Podem ser usados vários materiais considerando a facilidade de construção, a consistência e a textura.




Fonte: www.brasilrender.com.br

PERCEPÇÃO

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Em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

A percepção de cores: um dos aspectos da percepção visual.


O estudo da percepção.

A percepção é um dos campos mais antigos da pesquisa psicológica e existem muitas teorias quantitativas e qualitativas sobre os processos fisiológicos e cognitivos envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a percepção foram Hermann von Helmholtz, Gustav Theodor Fechner e Ernst Heinrich Weber, A Lei de Weber-Fechner é uma das mais antigas relações quantitativas da psicologia experimental e quantifica a relação entre a magnitude do estímulo físico (mensurável por instrumentos) e o seu efeito percebido (relatado). Mais adiante Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig em 1879.

Na filosofia, a percepção e seu efeito no conhecimento e aquisição de informações do mundo é objeto de estudo da filosofia do conhecimento ou epistemologia. Em geral a percepção visual foi base para diversas teorias científicas ou filosóficas. Newton e Goethe estudaram a percepção de cores e algumas escolas, como a Gestalt, surgida no Século XIX e escolas mais recentes, como a fenomenologia e o existencialismo baseiam toda a sua teoria na percepção do mundo.

Percepção e realidade.

Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria.

Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao transitar pelo mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona (paradigma. Ou seja, elas sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou refutada ou novas informações serem acrescentadas ao modelo.

À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir novas informações. As ilusões de óptica e alguns jogos, como o dos sete erros se baseiam nesse fato. Algumas imagens ambíguas são exemplares ao permitir ver objetos diferentes de acordo com a interpretação que se faz. Em uma "imagem mútável", não é o estímulo visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo.

Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode ocorrer de um objeto não gerar percepção nenhuma: Se o objeto percebido não tem embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo. Os primeiros relatos dos colonizadores da América relataram que os índios da América Central não viram a frota naval dos colonizadores que se aproximavam em sua primeira chegada. Como os navios não faziam parte da realidade desses povos, eles simplesmente não eram capazes de percebê-los no horizonte e eles se misturavam à paisagem sem que isso fosse interpretado como uma informação a considerar.

Somente quando as frotas estavam mais próximas é que passaram a ser visíveis. Qualquer pessoa nos dias atuais, de pé em uma praia espera encontrar barcos no mar. Eles se tornam, portanto, imediatamente visíveis, mesmo que sejam apenas pontos no horizonte.

Passa-se a considerar cada vez mais a importância da pessoa que percebe, durante o ato da percepção. A presença e a condição do observador modificam o fenômeno.

As percepções são normais se realmente correspondem àquilo que o observando vê, ouve e sente. Contudo, podem ser deficientes, se houver ilusões dos sentidos ou mesmo alucinações.
Esta ambiguidade da percepção é explorada em tecnologias humanas como a camuflagem, mas também no mimetismo apresentado em diversas espécies animais e vegetais, como algumas borboletas que apresentam desenhos que se assemelham a olhos de pássaros, que assustam os predadores potenciais. Algumas flores também possuem seus órgãos sexuais em formatos atraentes para os insetos polinizadores.

Teorias cognitivas da percepção assumem que há uma pobreza de estímulos. Isto significa (em referência à percepção) que as sensações, sozinhas, não são capazes de prover uma descrição única do mundo. As sensações necessitam de enriquecimento, que é papel do modelo mental. Um tipo diferente de teoria é a ecologia perceptual, abordagem de James J. Gibson. Gibson rejeita a tese da pobreza de estímulos ao mesmo tempo que rejeita que a percepção seja o resultado das sensações. Ao invés disso, ele investigou quais informações são efetivamente apresentadas aos sistemas perceptivos. Ele e outros psicólogos que trabalham com esse paradigma explicam como o mundo pode ser explicado como um organismo móvel através de leis de projeção da informação sobre o mundo em matrizes de energia.

Imagem ambígua. O animal da figura pode ser um coelho ou um pato. Um exemplo de "percepção mutável"

Fatores que influenciam a perc
epção.

O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão, um dos sentidos que fazem parte da percepção do mundo.


Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade (pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal).

Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação (prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenômeno social que explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos (por exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).


Princípios da percepção
.

Na percepção das formas, as teorias da percepção reconhecem quatro princípios básicos que a influenciam:
  • A tendência à estruturação ou princípio do fechamento - tendemos a organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes;
  • Segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num fundo preto);
  • Pregnância das formas ou boa forma - qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;
  • Constância perceptiva - se traduz na estabilidade da percepção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança).
Em relação à percepção da profundidade, sabe-se que esta advém da interação de fatores orgânicos (características do nosso corpo) com fatores ambientais (características do meio ambiente). São exemplos dos fatores orgânicos: a acomodação do cristalino que é uma espécie de lente natural de que dispomos para focar convenientemente os objetos; e a convergência das linhas de visão (a posição das linhas altera-se sempre que olhamos para objetos situados a diferentes distâncias).

Para exemplificar os fatores ambientais temos o princípio do contraste luz-sombra (as partes salientes dos objetos são mais claras que as restantes, em função da iluminação recebida) e a grandeza relativa (a profundidade pode ser representada variando o tamanho e a distância dos objetos pintados. Os objetos mais distantes parecem-nos mais pequenos do que aqueles que estão mais próximos).


Princípio da figura e fundo. Percebemos um vaso ou duas faces se entreolhando, dependendo da escolha do que é figura (o tema da imagem) e o que é fundo.

Tipos de Percepção.

O estudo da percepção distingue alguns tipos principais de percepção. Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a percepção visual e auditiva, pois durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da espécie (A visão e a audição eram os sentidos mais utilizados na caça e na proteção contra predadores). Também é por essa razão que as artes plásticas e a música foram as primeiras formas de arte a serem desenvolvidas por todas as civilizações, antes mesmo da invenção da escrita. As demais formas de percepção, como a olfativa, gustativa e tátil, embora não associadas às necessidades básicas, têm importante papel na afetividade e na reprodução.

Além da percepção ligada aos cinco sentidos, os humanos também possuem capacidade de percepção temporal e espacial.

A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a percepção visual. Todos os princípios da percepção citados acima, embora possam ser extrapolados a outras formas de percepção, fazem muito mais sentido em relação à percepção visual. Por exemplo, o princípio do fechamento é mais bem compreendido em relação a imagens do que a outras formas de percepção.

  • A percepção visual compreende, entre outras coisas:
  • Percepção de formas;
  • Percepção de relações espaciais, como profundidade. Relacionado à percepção espacial;
  • Percepção de cores;
  • Percepção de intensidade luminosa;
  • Percepção de movimentos.
O triângulo de Kaniza demonstra o princípio do fechamento. Tendemos a ver um triângulo branco sobreposto à figura, como uma figura completa e fechada, embora ele só seja sugerido por falhas nas demais formas que compõem a figura.


A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenômenos sonoros. Uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. Os princípios gerais da percepção estão presentes na música. Em geral, ela possui estruturação, boa-forma, figura e fundo (representada pela melodia e acompanhamento) e os gêneros e formas musicais permitem estabelecer uma constância perceptiva.

Entre os fatores considerados no estudo da percepção auditiva estão:
  • Percepção de timbres;
  • Percepção de alturas ou freqüências;
  • Percepção de intensidade sonora ou volume;
  • Percepção rítmica, que na verdade é uma forma de percepção temporal;
  • Localização auditiva, um aspecto da percepção espacial, que permite distinguir o local de origem de um som.
O olfato é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente tênue nos humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfativa também tem uma grande importância afetiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção olfativa. Entre outros fatores a percepção olfativa engloba:
  • Discriminação de odores, que estuda o que diferencia um odor de outros e o efeito de sua combinação;
  • O alcance olfativo.
Em alguns animais, como os cães, a percepção olfativa é muito mais desenvolvida e tem uma capacidade de discriminação e alcance muito maior que nos humanos.

Perfumes

O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a alimentação. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos. A arte culinária e a enologia são aplicações importantes da percepção gustativa. O principal fator desta modalidade de percepção é a discriminação de sabores.

O tato é sentido pela pele em todo o corpo. Permitem reconhecer a presença, forma e tamanho de objetos em contato com o corpo e também sua temperatura. Além disso, o tato é importante para o posicionamento do corpo e a proteção física.

O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O tato tem papel importante na afetividade e no sexo. Entre os fatores presentes na percepção tátil estão:
  • Discriminação tátil, ou a capacidade de distinguir objetos de pequenos tamanhos. (Importante, por exemplo, para a leitura em Braille);
  • Percepção de calor;
  • A percepção da dor.
Uma placa de sinalização em Braille


Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as pessoas são capazes de sentir a passagem do tempo. A percepção temporal esbarra no próprio conceito da natureza do tempo, assunto controverso e tema de estudos filosóficos, cognitivos e físicos, bem como o conhecimento do funcionamento do cérebro (neurociência).

A percepção temporal já foi objeto de diversos estudos desde o século XIX até os dias de hoje, quando é estudado por técnicas de imagem como a ressonância magnética. Os experimentos destinam-se a distinguir diferentes tipos de fenômenos relevantes à percepção temporal:
  • a percepção das durações;
  • a percepção e a produção de ritmos;
  • a percepção da ordem temporal e da simultaneidade.

Resta saber se estes diferentes domínios da percepção temporal procedem dos mesmos mecanismos ou não e também algumas novas considerações que decorrem da escala de tempo utilizada. Segundo o psicólogo francês Paul Fraisse, é preciso distinguir a percepção temporal (para durações relativamente curtas, até alguns segundos) e a estimativa temporal que é designada como a apreensão de longas durações (desde alguns segundos até algumas horas).

Estes fatores envolvem ainda os ciclos biológicos, como o ritmo circadiano.

Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção espacial, mas as distâncias entre os objetos podem ser efetivamente estimadas. Isso envolve a percepção da distância e do tamanho relativo dos objetos. A razão para separar a percepção espacial das outras modalidades repousa no fato de que aparentemente a percepção espacial é supra-modal, ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto e se esse objeto (ou o som) está aproximando-se ou afastando-se. O lobo parietal do cérebro representa um papel importante neste tipo de percepção.

Propriocepção é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio e a realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno e responsável pelo equilíbrio.

O conjunto das informações dadas por esses receptores permitem, por exemplo, desviar a cabeça de um galho, mesmo que não se saiba precisamente a distância segura para se passar, ou mesmo o simples fato de poder tocar os dedos do pé e o calcanhar com os olhos vendados, além de permitir atividades importantes como andar, coordenar os movimentos responsáveis pela fala, segurar e manipular objetos, manter-se em pé ou posicionar-se para realizar alguma atividade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ILUSTRAÇÃO

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É
uma imagem pictórica, geralmente figurativa, embora algumas raras vezes também abstrata, utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto. Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou colagens, uma fotografia também é uma ilustração. Além disso, a ilustração é um dos elementos mais importantes do design gráfico.

São comuns em jornais, revistas e livros, especialmente na literatura infanto-juvenil (assumindo, muitas vezes, um papel mais importante que o texto), sendo também utilizadas na publicidade e na propaganda. Mas existem também ilustrações independentes de texto, onde a própria ilustração é a informação principal. Um exemplo seria um livro sem texto, não incomum em quadrinhos ou livros infantis.


Ilustração de Alfred Smedberg,Goeth

A ilustração editorial tem origens na Iluminura, utilizada largamente na Idade Média nos manuscritos, mas atualmente difere desta por se servir de meios mecânicos (e mais recentemente de meios fotomecânicos e digitais) para a sua reprodução. Portanto, a sua evolução e história está intimamente ligada à imprensa e à gravura.

A ilustração possui uma tradição antiga que remonta às primeiras formas pictóricas, continuando pela Revolução Industrial até a nossa era digital. Atualmente essa tradição tem sido especialmente importantes para as histórias em quadrinhos e a animação.



Em princípio, o que distingue a ilustração das histórias em quadrinhos é não descrever, necessariamente, uma narrativa sequencial, mas por sintetizar ou caracterizar conceitos, situações, ações ou, até mesmo, determinadas pessoas como é o caso da caricatura.

Usos da ilustração

Cartaz
Ilustração científica
Infografia
Publicidade
Storyboard

Ilustração Infantil
Anúncio
Outdoor
Desenho animado

Cenário
Ilustração de rua
 
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