terça-feira, 15 de setembro de 2009

Futuro e Design

O estudo do futuro é relevante para os profissionais da área de design. Elaborar estratégias e metas e executar ações pró-ativas contribuem para o desenvolvimento da sociedade, já que esta tende a se tornar mais bem preparada para os acontecimentos.

Nesse sentido é possível mencionar o processo de design de produto. Esse processo necessita de uma base informacional antecipatória para que as ações dos designers repercutam, por meio do produto final, em benefícios sociais reais quando este for disponibilizado no mercado. A base informacional antecipatória esta presente no processo, com maior ênfase, na chamada fase informacional de projeto. Segundo Amaral ET AL. (2006), à fase informacional competente a união das informações levantadas no planejamento e em outras fontes, o que culminará em um conjunto relevante de informações denominado especificações-meta. Tal conjunto deve refletir as características que o futuro do produto deverá ter para atender às necessidades dos clientes. Trata-se, portanto, de uma representação textual de um estado futuro.
O processo de design de produto engloba uma ampla gama de ações. Em um processo que contempla o futuro, é importante ainda:
Compreender como será o contexto futuro, no qual o produto será inserido;
Ter conhecimento dos produtos concorrentes e similares, ou seja, dos que são previstos para o futuro;
Modelar o ciclo de vida do produto, considerando clientes futuros do produto para cada uma das fases do ciclo;
Considerar as necessidades futuras de todos os clientes do produto, onde o público alvo do projeto está inserido.

Muitas das necessidades futuras dos clientes (e, portanto, também do público alvo do projeto) podem ser simuladas por meio de encenações. Nesse exercício, os designers personificam os clientes da forma mais realista possível, registrando os seus desejos e necessidades simulados.

O contexto informacional no qual o produto projetado será inserido é sintetizado na forma de uma ou mais tendências. Assim, é possível fundamentar sistemas complexos sob diferentes hipóteses. É possível, portanto, abandonar a mera imaginação sobre o futuro e estabelecer uma avaliação criteriosa de possíveis conseqüências resultantes das tomadas de decisões.

Por outro lado, como observado por Caldas, “o caminho fácil da cópia travestida de referência, já se anuncia como erro fatal das empresas e marcas do século XXI.” (CALDAS, 2004 p. 96). Para este autor, mesmo considerando-se que o indivíduo deve ser a finalidade última de um processo de design, muitas empresas entendem que não é necessário pesquisar profundamente seus comportamentos para se chegar a um produto. Cabem as empresas, ao menos, buscar um caminho próprio, sem se basear apenas em sua concorrência.

Fonte: AMARAL, D.C. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

CALDAS, Dario. Observatório de Sinais: teoria e prática das tendências. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2004.

MIG - Revista científica de Design.
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